Experiências de vida, vivências, trocas e carinho. Assim começou o último dia de encontro com os jovens Kalungas na Casa Tainã. Ao longo de todo dia foram feitas rodas de conversa. A primeira roda do dia foi para compartilhar e expor a própria experiência com a viagem.
Aos poucos cada um dos participantes foi relatando o que sentiu, como recebeu as informações e como estão processando-as. A abertura da roda de prosa se deu através da kalunga Sidene Torres, moradora do município de Cavalcante e formada em licenciatura em “educação no campo” pela Universidade de Brasília. Sidene iniciou sua fala destacando a importância de termos espaços que nos fortaleçam enquanto pessoas. “Conhecer a Tainã me deu varias ideias para a Casa Kalunga. Aqui, além de ser um ponto de convivência é um ponto de pesquisa também”, disse ela.
Outro ponto importante colocado na roda foi o fortalecimento da luta do povo e a união dos povos tradicionais, quilombolas, indígenas e ribeirinhas. Como defendeu a kalunga Laísa Santos “acredito que o que me fez estar aqui é o povo, to aqui pela luta”.
Foram ouvidos mais depoimentos que nos trouxeram à tona sensações de descobertas, inquietações, desconfortos, pertencimento e conforto como contou Angel Luís “a roda de conversa é uma tecnologia avançada. Ela possibilita olharmos o outro, pensar e falar. A roda é um espaço de troca de conforto e segurança entre as pessoas.”
Na parte da tarde foram tirados alguns encaminhamentos, agenda e próximas ações da Rede Mocambos em conjunto ao território Kalunga:
Assista os relatos Kalungas que contam um pouco da Rede Mocambos e da Rede de Comunicação Kalunga. Gravados no encontro de final de março na Casa de Cultura Tainã..
O encontro faz parte da formação continuada promovida pelo Núcleo Kalunga, Núcleo do Mercado Sul e o Núcleo Tainã. Nos dias antes o grupo participou do evento de telefonia GSM comunitária, organizado com a rede mexicana Rhizomatica.